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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Abismo



À beiro de um abismo imenso,
sento-me, e contemplo...
o meu reflexo,
uma e outra vez,
até me tornar uma imagem distorcida.
Uma e outra vez,
desejei o que não me pertence.
Uma vida.
Nada tão triste como a felicidade.
Uma e outra vez,
o coração congela.
Nada mereço.
Nada peço.
O abismo chama.
Doce liberdade.
Carlos Miguel Vieira

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