Caem-se-me as mãos…
Aos céus levantadas.
Que numa hipótese,
Apenas uma,
Eu não seja obrigado a ver,
As cores deste mundo,
Do que se esconde para além
Do que nos faz bem saber.
E, apesar do esforço,
Da força de vontade que se apodera
Da minha calma,
Encontro-me,
Vezes sem conta,
A perder a alma
Para coisas que não posso mudar.
E vejo,
A fome a levar consigo,
Vidas prematuramente envelhecidas,
Trocadas por fatos e gravatas,
Luzes enegrecidas,
Em troca de pó de arroz
E homens de pastas cheias de nada.
Falsa ordem a pilhar corpos
E copos que se enchem
Por um bem que se diz maior.
Entendo? Entendo…
Melhor fingir-se de morto
A ver que no mundo há tanta dor.
Adormeçam.
Que camas ardem algures
À distância.
Corram.
Que vos salve assim
Abençoada ignorância.
Corram.
E cansa-me.
Sufoca-me até mais não,
O que trazem nos olhos,
A merda que trazem no coração.
Que vos rebente as cordas,
Que sem elas não se parecem mexer.
TU, que acordas
Que cegues com o que não queres ver.
Continua a correr!!
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