Aninhada a um canto,
Vejo-te tremer…
Ah, dorida criatura,
Que nas sombras, julgas que ele não te poderá ver…
Chora,
Que ao teu corpo a dor se colou…
Que mais poderá ele magoar,
Do pouco tão pouco que de ti restou?
Consegues ouvir,
No silencio do teu quarto,
Aproximando-se… turvo…passo a passo…
Quem soluça?
Tu, ou a pequena vida que embalas,
E nos teus braços dorme…
Passo a passo,
Aproxima-se, do viver a fome…
Quem treme?
Porquê?
Sorri…
O seu toque é frio…
Sorri…
Deixa a dor controlar-te… Segue como um rio…
Ri…
Ele está a chegar…
Sê a loucura…
Tudo termina,
E é o que hoje vais provar.

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