Espero.
Neste que já não é o meu tempo.
Uma palavra,
Perdida ao saber do vento...
Uma rosa que morre de fé.
Espero.
Que me pintes um quadro
No meu corpo já não o é.
Ansiosa, ferverosa a delinear linhas
Que deixei de ver.
E tremo,
Num segundo feito eternidade,
Num desejo que é tão mais,
Que da boca me roubes os ais.
Pinta-me,
Aquela porta que de mim se esconde.
Diz-me onde estou.
E se vou; para onde.
E espero tal flor que murcha
Sem água,
Que ao correr na vida, sem destino,
Esta me leve a mágoa
De me ter perdido.
Carlos Miguel Vieira R
©2017
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