sexta-feira, 8 de abril de 2022

DRACONIAN - Sleepwalkers (Official Video) | Napalm Records

We’re sleepwalking
Piercing, hateful eyes are watching
We’re sleepwalking
The hungry ghosts are never patient

Look at Me
Oh, wretched Creator
This is what I’ve become

Come into the fray
For everything we’ve become
In this cell we call home
Lost in this iron-clad song

We’re sleepwalking
Backwards to where it all began
Our minds are locked
Where black stars hang

Look at Me
Oh, paralyzed Savior
And the darkening of souls

Come into the fray
For everything we’ve become
In this cell we call home
Lost in this iron-clad song

We came into the light
To surrender our hearts
As we cry for salvation
(As we cry for salvation)

Hopeless, unaware
I’m gone and I’m sleepwalking
Nothing but rattling chains
I’m naked and I’m sleepwalking

Look at You
An accuser made God
How far you have fallen

Come into the fray
For everything we’ve become
In this cell we call home
Lost in this iron-clad song

We came to the dark
To remember our hearts
As we fight for salvation

 


Into infinity I stare... 

Nothing I know, 

And what I do I cannot bare... 

I am scared... 

Scared to death... 

I stand quiet... 

Still. 

Silent. 

I hear...  

Oh, God forgive us... 

This rain cuts 

Deep... 

It devours every inch of my being, 

That all that grows must also fall... 

And I search for a deeper meaning, 

When there's no meaning at all. 

We grew,  

Conquered and destroyed  

The all of the land, 

While carrying the weight of an hourglass 

And its sand. 

So much battle, 

So little was done. 

In the End,  

The oceans run. 

The river flows. 

For the just and the unjust... 

The wind blows. 

Ashes to ashes. Dust to dust.   

 

Carlos Miguel Vieira R 

©2022 

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Espero. 
Neste que já não é o meu tempo.
Uma palavra,
Perdida ao saber do vento...
Uma rosa que morre de fé. 
Espero.
Que me pintes um quadro 
No meu corpo já não o é. 
Ansiosa, ferverosa a delinear linhas
Que deixei de ver.
E tremo,
Num segundo feito eternidade,
Num desejo que é tão mais,
Que da boca me roubes os ais.
Pinta-me,
Aquela porta que de mim se esconde.

Diz-me onde estou. 
E se vou; para onde.

E espero tal flor que murcha
Sem água, 
Que ao correr na vida, sem destino, 
Esta me leve a mágoa 
De me ter perdido.

Carlos Miguel Vieira R
©2017

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Ele senta-se…
Numa cama que não a sua…
E encara o mundo lá fora…
Ele deseja… abraçar cada rua…
Ir-se embora…
Sentir,
A neve a cair…
No entanto, foi-lhe pedido que se comportasse…
Ele ouve, a voz do seu menino;
“Não é como se te abandonasse…
Virei sempre que puder, pai…”
Quanto tempo já lá vai,
Desde que estas palavras foram ditas…
Um ano? Dois?
Uma vida?
Ele tinha uma casa, que não esta…
Muito antes de lhe lembrarem que hoje,
Para nada presta…
Após todas as batalhas que sobreviveu…
Pelo seu sangue,
Toda a Fome conheceu…
Porque o que o deixaram neste lugar…?
Dizem que se chama “lar”…
Mas ele sabe,
Apesar do pouco que se recorda…

(Deixa que a luz se apague.)

Que o seu filho virá…
A qualquer hora……

(Fecha os olhos…)

Carlos Miguel Vieira
 ©2016

Nas horas de minúcia, e ócio nocturno,
Ele aconchega-se na cadeira…
No compasso de uma batida, o seu coração diz-lhe que nada está bem.
Ele aperta as mãos contra o peito, enquanto
Perscruta o escuro, à procura de alguém.
Debilmente, tacteia a mesinha de cabeceira,
Em busca daquele livro que se encontra por ler há anos.
De páginas amareladas e mais letras do que as que por norma suportamos.
Num arquear das costas,
A tosse, maldita tosse que não o deixa dormir,
Velha recordação de antigos vícios que teimam em não partir.
O lenço, enrugado e gasto pelo tempo,
É sem dúvida, a sua salvação.
Ele espera as palmadas nas costas e as palavras de conforto,
Mas sente apenas uma pontada no coração.
Estranha…
Aguda…
Começou pelo braço e foi-se arrastando.
A sua mente casmurra,
Esperou apenas que ela fosse passando.
Estranha…
Nunca antes assim…..
´”É desta, meu amor, por favor, espera por mim.”
O relógio marca as três horas e quinze minutos,
Quando a sua alma parte deste mundo.
E no fim, é apenas uma história, como qualquer outra.
Silêncio. À minha boca.
Carlos Miguel Vieira
 ©2016
Sento-me no escuro...

Ao longe, pressinto,

Uma árvore que torta, dobra

Sem fazer barulho…

Cai um corpo.

Tão vivo.

Tão vivo, mesmo quando morto.

Queria dizer-te, estranho,

Talvez dizer-te que te amo.

Sento-me no escuro,

Não podendo fazer nada por ti…

No teu bolso, uma carta

Que impiedosamente, o vento levará daqui.

Que dizia, pergunto-me,

Mesmo já sabendo a resposta.

Queria dizer-te, o tanto que ansiavas ouvir.

Sento-me no escuro,

A tremer porque,

Mesmo torta,

A árvore não se conseguiu partir.

Pergunto-me que dizia,

A carta.

Mesmo sabendo a resposta.

“Uma palavra. Uma palavra basta.”

Carlos Miguel Vieira
 ©2016