As minhas mãos tremem, ao poisá-las sobre o peito…
Uma prece…
Nela oiço a tua voz… naquele doce jeito,
De quem começa a cantar…
“Olá, filho.”
O nome que sempre me deste…e o amor em teu olhar…
Cheiro… pão quente…
Acabado de comprar…
Pão quente… e tanto amor no teu olhar…
Pequenos gestos,
E envelheço a olhos vistos…
Pequenos gestos…
“Olá, filho.”
Ah, nunca um momento me trouxe tanta harmonia…
Quisera eu numa caixa guardá-lo,
E abri-la ao final do dia…
“Olá, filho.”
Fecho os olhos…
Naquela altura,
Sabias sempre o que dizer…
Com um abraço,
Parava sempre de chover…
É tanto o tempo que já lá vai…
Vejo-te chorar de alegria.
“Olá, meu Pai.”
Carlos Miguel Vieira
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